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Sexagem fetal em equinos: como e quando fazer?

A sexagem fetal em equinos é uma técnica utilizada para identificar o sexo do potro antes do nascimento. É um procedimento que pode ser feito de diferentes maneiras, variando de acordo com a idade gestacional e as condições nas quais se encontram o animal, respeitando as condições de conforto e risco da gestação.

Para os equinos, os métodos mais empregados para a sexagem fetal são a ultrassonografia transretal e a transabdominal. No entanto, apesar de ter alto grau de confiabilidade, métodos de identificação do sexo do feto ainda são pouco difundidos na equinocultura.

Se interessou pelo assunto? Continue lendo esse artigo e saiba o papel do ultrassom veterinário, os métodos de sexagem fetal e ainda as vantagens de realizar esse procedimento.

Ultrassonografia na sexgem fetal

O mercado equino é bastante valorizado e, por isso, a busca por eficiência reprodutiva é cada vez maior. Sendo assim, as biotecnologias são voltadas para a melhoria de aspectos genéticos dos rebanhos.

Nesse sentido, a ultrassonografia veterinária se tornou uma importante aliada uma vez que permitiu aos profissionais da área obter grandes avanços na reprodução de equinos. A sexagem fetal por meio do ultrassom é um deles. No entanto, ainda não é tão usada devido à necessidade de ter mão de obra qualificada e bons equipamentos de ultrassom.

Diferente de outros métodos tradicionais de sexagem, a ultrassonografia não é invasiva, não coloca em risco a saúde da mãe ou do feto e ainda garante maior acurácia no diagnóstico.

Em especial os equipamentos que possuem o efeito doppler, principalmente collor doppler, as informações obtidas são ainda mais completas. Com esse método é possível visualizar a a vascularização presente entre as camadas cortical e medular dos ovários em caso de fetos do sexo feminino.

Tipos de sexagem fetal em equinos

Identificação do tubérculo genital

A sexagem fetal realizada a partir da identificação do tubérculo genital deve ser feita no período entre 55 a 70 dias após a data provável de fecundação.

Esse exame identifica o processo embrionário que dá origem ao pênis nos machos e ao clitóris nas fêmeas. Esse tubérculo migra de acordo com o sexo do feto enquanto ocorre o desenvolvimento embrionário.

Na hora da observação é preciso ficar atento quanto a posição. Nos machos, o tubérculo se posiciona próximo ao cordão umbilical. No caso das fêmeas, a estrutura é direcionada para a cauda.

É importante realizar  avaliação dentro do período estipulado pois, apenas depois de 55 dias há a migração do tubérculo. Por outro lado, após 77 dias, o líquido fetal se torna mais pesado, projetando o útero para a cavidade abdominal. O que torna a visualização ainda mais difícil.

Identificação das gônadas fetais e genitália externa

Outra forma de realizar a sexagem fetal em equinos é por meio da identificação das gônadas fetais e genitália externa. Esse exame é feito no intervalo de gestação entre 90 a 220 dias e pode ser obtido tanto pela ultrassonografia transretal como transabdominal. Nesse momento já é possível identificar as seguintes estruturas:

  • Testículos;
  • Prepúcio ou pênis;
  • Escroto e uretra (machos);
  • Ovários, glândula mamária e vulva (fêmeas).

É importante lembrar que, quando a gestação já está mais avançada, o mais recomendado é a ultrassonografia transabdominal, devido a posição do feto no útero e também devido a baixa tolerância ao toque retal. Nesse caso, é crucial que o animal esteja devidamente contido e que o abdômen limpo.

Para o sucesso da técnica de sexagem fetal e uso do ultrassom, a experiência e capacitação do médico veterinário é fundamental.

Vantagens da ultrassonografia na sexagem fetal

A ultrassonografia veterinária pode ser aplicada em diferentes fases da gestação e auxilia o profissional no processo de tomada de decisões em relação ao manejo do rebanho. Especificamente em relação à sexagem fetal em equinos, influencia diretamente nas decisões de:

  • Continuar ou não com determinados cruzamentos, pois alguns garanhões produzem mais potros de um determinado sexo;
  • Comércio de gestações sexadas;
  • Fixação do valor de mercado;
  • Inclusão ou não de éguas remates.

Portanto, o médico veterinário que atua nessa área e deseja realizar a sexagem fetal em equinos  precisa ter o conhecimento necessário em ultrassonografia ara ter informações precisas sobre a gestação. Assim, estará diante de um segmento bastante rentável e promissor.

Quer continuar se informando sobre essa área? Leia nosso artigo com as principais técnicas de reprodução em equinos! 

Fonte: Escola do Cavalo e UFPR

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