A ultrassonografia ocular em cães é um exame complementar que pode oferecer informações extremamente importantes sobre a visão do animal. Por isso, vem sendo muito indicado para identificar alterações ou doenças oftálmicas precocemente na medicina veterinária.
Mesmo com todas suas vantagens, ainda são poucos os profissionais que dominam a técnica. Tal fato, aponta a necessidade de maior investimento na área, visto que os donos dos cães estão a cada dia mais preocupados com a saúde e o bem-estar de seus animais.
Pensando nisso, separamos a seguir as principais informações sobre o exame de ultrassonografia ocular em cães. Continue lendo e aprenda mais sobre esse importante exame, como ele deve ser feito e quando é indicado.
O que é o exame de ultrassonografia ocular?
Primeiramente, a ultrassonografia ocular ou ecografia, é um método auxiliar de diagnóstico por imagem, que vem sendo usada desde 1968 na medicina veterinária para avaliar os olhos e as estruturas ao redor.
O exame é considerado um procedimento não invasivo, seguro, de baixo custo e com alta taxa de precisão. Além disso, fornece informações em tempo real, não emite radiação ionizante e promove pouco ou nenhum estresse ao animal. Por ser indolor, não necessita de sedação prévia para sua utilização.
Portanto, exame serve para avaliar a parte superior e inferior dos olhos, as estruturas oculares, perioculares e retrobulbares. Pode ser muito útil para identificar doenças ainda no início e permitir que o médico veterinário indique um tratamento adequado a tempo.
Além disso, pode auxiliar no acompanhamento, confirmação e tratamento de problemas relacionados à visão, melhorando a qualidade de vida dos animais.
Como é feito o exame de ultrassonografia ocular?
Os aparelhos de ultrassom tem a função de produzir e detectar som em altas frequências e processar estes dados em tempo real. Atualmente é possível encontrar aparelhos específicos para exames oculares.
Então, para obter bons resultados, é muito importante possuir um transdutor adequado e que o profissional tenha conhecimento da anatomia, fisiologia, da técnica, dos planos de varredura e do equipamento.
Desse modo, o procedimento é relativamente simples e rápido, quando realizado de forma correta. O animal precisa estar sentado ou em decúbito esternal, com a cabeça apoiada por um assistente. O transdutor pode ser posicionado utilizando duas técnicas, a transcorneal e a transpalpebral.
A técnica transcorneal é a mais indicada por permitir melhor visualização das estruturas vitreorretinianas e retrobulbares. Nela o transdutor é posicionado diretamente sobre a córnea. Para tal, é necessário a aplicação de colírio anestésico ou gel estéril, além do soro fisiológico para evitar o ressecamento dos olhos.
Já na transpalpebral, o transdutor é colocado sobre as pálpebras. Neste caso, inicialmente é preciso passar um gel acústico nas pálpebras para que o aparelho possa deslizar com mais facilidade.
Assim, caso o animal apresente lesão corneal, a técnica mais indicada é a palpebral.
Independente da técnica escolhida, ao final, o olho do animal precisa ser higienizado com uma solução salina estéril.
Quando o exame é indicado e o que pode detectar?
O exame de ultrassonografia ocular pode ser indicado em diversas situações, como quando há algum impedimento para a realização da inspeção por meio do exame oftálmico de rotina.
Pode ainda ser indicado em casos de opacificação de meios fisiologicamente transparentes e para detectar:
- Catarata;
- Edema corneano;
- Hifema;
- Hemorragias vítreas;
- Blefaroedema grave;
- Doenças retrobulbares que resultem em exoftalmia;
- Corpos estranhos;
- Ocorrência de lesões após procedimentos cirúrgicos;
- Presença de tumores;
O exame ainda pode ser utilizado para definir o tamanho de próteses ou para o cálculo do tamanho e do poder dióptrico de lentes intraoculares. Esse cálculo favorece um melhor e mais rápido restabelecimento da acuidade visual em animais que foram submetidos à cirurgia da catarata.
Como visto, a ultrassonografia ocular em cães é uma técnica bastante vantajosa, de alta precisão, indolor e muito menos invasiva que outros métodos.
É possível afirmar que o exame contribui de forma eficaz para o sucesso do diagnóstico e também do acompanhamento e tratamento do animal. Porém, o sucesso da técnica depende muito do conhecimento do profissional e da qualidade do equipamento.
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Fontes:
Centro Científico Conhecer, Shop Veterinário, Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.