A ultrassonografia de ovários em vacas é um exame de imagem que traz benefícios para a avaliação das fêmeas bovinas, sobretudo, para o manejo reprodutivo. Com a biotecnologia de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), um avanço nas técnicas de reprodução, os resultados são altos, porém, para impulsioná-los ainda mais, a ultrassonografia é uma aliada para utilizar melhor o ciclo estral e a elevada taxa de prenhez do rebanho.
O primeiro passo a ser executado pelo médico veterinário é a categorização das fêmeas conforme seu estágio reprodutivo: plurípara lactante, plurípara seca, primípara lactante, primípara seca, nulípara pré-púberes e nulípara púberes. Em seguida, avalia-se o sistema reprodutivo do animal.
Neste artigo, entenda a anatomia dos ovários das fêmeas bovinas e o porquê é importante fazer a ultrassonografia antes da inseminação. Ainda, saiba o que se deve observar, quais cuidados tomar na realização do exame, e a necessidade de conhecimento e equipamento.
Anatomia dos ovários das vacas
Em fêmeas bovinas, os ovários têm formato oval e aplanados lateralmente. Nas novilhas, eles estão localizados, em média, a um palmo da linha média ou do assoalho pélvico. Já em vacas adultas, estão entre dois e cinco dedos a frente da crista púbica, no mesmo nível da crista ou abaixo da crista. Contudo, podem se deslocar em razão da dilatação uterina. O tamanho normal é de 30 a 45 mm de comprimento, 15 a 20 mm de largura e 20 a 28 mm de profundidade, com peso entre 15 e 20g.
A função dos ovários das vacas é produzir gametas e hormônios, principalmente, estrógeno e progesterona. Nestes órgãos, o folículo apresenta função endócrina e exócrina. Ele é composto por um oócito com células somáticas.
Importância da ultrassonografia de ovários em vacas antes da inseminação
A ultrassonografia de ovários em vacas permite identificar certas características estruturais e morfológicas. Com isso, verifica-se quais são os hormônios secretados naquele momento reprodutivo. É possível perceber que, majoritariamente, o ovário direito apresenta maior atuação.
Em razão desse fator, o médico veterinário deve perceber a presença do corpo lúteo e dos folículos em desenvolvimento, sobretudo no ovário direito. Vale apontar que esses aspectos demonstram animais cíclicos (diestro e começo do proestro).
Se na ultrassonografia de ovários em vacas não aparecer o corpo lúteo, é sinal que o animal está na fase de anestro. Pode perceber folículo preeminente, o que indica ser uma estrutura pré-ovulatória junto a outras alterações uterinas, sinal de encerramento do proestro ou estro. Nesse caso, a inseminação será muito mais proveitosa. No entanto, fêmeas com bezerro ao pé, entre um e dois meses após parir, são dificilmente encontradas nessa condição.
As vacas do pós-parto têm folículos, mas não têm corpo lúteo. Em situações assim, as fêmeas são submetidas aos protocolos de inseminação de modo adaptado, visto que é necessário contornar a baixa taxa de prenhez.
Portanto, implementar o exame ultrassonográfico antes das inseminações possibilita avaliar a dinâmica folicular dos ovários, a detecção de corpo lúteo, assim como fazer a triagem para os protocolos de introdução de hormônios, sincronizar os estros, perceber o desenvolvimento de doenças no sistema reprodutivo, entre mais aplicações, gerando melhores condições de prenhez e resultados positivos.
Contudo, para realizar a ultrassonografia de ovários em vacas, é fundamental ter conhecimento profissional para conduzir o exame, assim como contar um equipamento tecnológico e moderno.
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Fontes: Pubvet; Shop Veterinário; Beef Point; IFC.