Diagnosticar distúrbios nos testículos dos garanhões é fundamental para o processo reprodutivo e evitar prejuízos. Para isso, a ultrassonografia testicular em equinos oferece possibilidades de avaliação da aptidão sexual do animal de modo não invasivo.
Os testículos são órgãos do sistema reprodutivo dos machos onde são produzidos espermatozoides e testosterona. Também conhecido como gônadas, são estruturas com formatos ovoides envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso e pela túnica albugínea. Estão localizados na parte exterior do abdômen dentro da bolsa escrotal.
Neste texto, conheça a necessidade de empregar a ultrassonografia testicular em equinos no processo reprodutivo, assim como saiba as diferenças entre as modalidades do exame.
O que é a ultrassonografia testicular em equinos
Apesar de ser um método empregado há décadas na avaliação reprodutiva das éguas, a ultrassonografia testicular em equinos ainda não é amplamente usada no cotidiano da reprodução animal, prescrita apenas em situações suspeitas de doenças no aparelho reprodutor dos machos. Contudo, por ser uma técnica rápida e não invasiva, gerando resultados de imagem instantâneas e sem causar desconforto para os animais, o exame de ultrassom permite conhecer a anatomia, ecogenicidade, textura e volume dos testículos.
Aliada do exame andrológico, a ultrassonografia testicular em equinos complementa o conjunto de exames clínicos e laboratoriais dessa etapa a fim de saber o estado reprodutivo do garanhão e qual será o manejo reprodutivo a ser implementado.
Confira os dois modos (B e Doppler) e suas especificidades.
Modo B
Conhecido por ser em tempo real, o modo B do exame possibilita ter imagens da parênquima testicular e de outras estruturas do sistema. Com isso, o médico veterinário que conduz o ultrassom consegue perceber mudanças na anatomia, doenças e possíveis traumas. Para tanto, na superfície lateral, ventral ou medial, coloca-se o transdutor de modo perpendicular ao eixo longitudinal dos testículos.
Modo Doppler
A ultrassonografia testicular em equinos com modo Doppler, por sua vez, tem o detalhamento das estruturas e a obtenção de dados relativos à hemodinâmica e à arquitetura dos vasos sanguíneos como principais características e vantagens. A velocidade e a direção do fluxo sanguíneo são mostradas, assim como traz informações precisas sobre o estado reprodutivo do animal.
Importância do exame
Saber a funcionalidade vascular possibilita identificar como está o fluxo de sangue e monitorar o desenvolvimento de patologias. O modo doppler pode ser colorido, power doppler e pulsado ou espectral.
Vale destacar que a combinação dos modos proporciona detalhamento instantâneo sobre a anatomia e a fisiologia dos testículos. Com essas técnicas, patologias como torção do cordão espermático, hidrocele, orquite, epididimite e neoplasia testicular são diagnosticadas e, a partir da interpretação do laudo, o profissional pode implementar medidas terapêuticas.
Por fim, vale mencionar que, para a condução da ultrassonografia em segurança, em certos casos, indica-se a contenção do animal. Outro ponto essencial é evitar o estresse do cavalo desde a condução até o fim do procedimento. Logo, o ambiente precisa ser calmo e feito apenas por especialistas na área.
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Fontes: CBRA; UFRGS; Scielo; Veterinária e Zootecnia.
