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Especificidades da ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos

A ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos é um exame de imagem que vem sendo usado na clínica médica para diagnosticar doenças que atingem a glândula. Pelo fato de o pâncreas ter um tamanho relativamente pequeno e, em situações de anormalidade, o paciente não apresentar sinais de fácil identificação, o diagnóstico apurado em conjunto com outras técnicas é essencial para garantir o bem-estar animal.

Entenda como é a anatomia e as funções do pâncreas em pequenos animais, bem como a patologia mais comuns. Além disso, neste artigo, você vai conhecer a importância da ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos, casos em que o exame é fundamental para o diagnóstico.

Anatomia e funções do pâncreas

O pâncreas é uma glândula do sistema digestório com estrutura tubo alveolar lobulado cujas funções são endócrinas e exócrinas, isto é, produz insulina, glucagon e somatostatina e secreta suco pancreático. Localizado no abdômen dos animais, atrás do estômago, o pâncreas é dividido em cabeça, corpo e cauda. Seu tamanho varia entre 1 e 3 cm de largura por 1 cm de espessura.

A menor parte da glândula designa a função endócrina, responsável pelas ilhotas pancreáticas endócrinas, também conhecida por Ilhotas de Langerhans, responsáveis pela produção de hormônios. A maior parte, aproximadamente 90% do tecido, é responsável pelos ácinos exócrinos cujas ações são de armazenamento e secreção de enzimas digestivas e íons.

Sua estrutura é separada em lobos direito e esquerdo localizados entre uma porção pequena e central. A região exócrina tem um sistema ductal por onde as secreções seguem até alcançar o local onde serão eliminadas. Outro componente do suco pancreático tem como função absorver a vitamina B12 no íleo. Esse elemento é chamado de Fator Intrínseco, sendo que nos gatos é secretado apenas no pâncreas, diferentemente dos cães que podem secretar pela mucosa gástrica.

Cabe destacar que o pâncreas não é de fácil acesso no organismo do animal. Assim, é possível examiná-lo somente com técnicas de exames de imagem e marcadores bioquímicos. A seguir, conheça a afecção mais comuns da glândula e como a ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos deve ser implementada para a investigação precisa.

Pancreatite

Um caso desafiador para a área, a pancreatite é uma doença que não apresenta sinais clínicos evidentes nos pacientes e, quase sempre, só é descoberta após a morte animal quando é feita necropsia. Trata-se de uma patologia inflamatória que acomete o pâncreas podendo ser classificada como aguda ou crônica.

Sua ocorrência é de difícil diagnóstico, visto os sinais clínicos incertos e inespecíficos. Os cachorros podem apresentar dor no abdômen, anorexia até abdômen agudo e insuficiência de órgãos. A variação nesses sinais tem ligação ao estágio de evolução da doença no organismo. Casos graves e já evoluídos costumam levar o paciente às consultas com vômitos, forte dor abdominal, desidratação, anorexia, colapsos e choques.

A avaliação veterinária é essencial para distinguir o problema de outras afecções. Para tanto, dois indicadores são usados para saber se há alterações na glândula. Os níveis das enzimas digestivas, amilase e lípase sérica, obtidos por exame laboratorial, não apresentam, no entanto, especificidade e sensibilidade em muitos casos.

Contudo, o exame de ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos tem oferecido bons resultados para o diagnóstico de pancreatite. Trata-se de uma técnica não invasiva e indolor, com alta sensibilidade para geração de imagens da glândula.

Importância da ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos

Para a execução da ultrassonografia de pâncreas em cães e gatos, o técnico deve saber operar o equipamento e conduzir o procedimento. Por isso, a capacitação profissional para realização do exame é primordial na área. O paciente deve ficar em posição de decúbito lateral esquerdo e o médico condutor deve usar transdutor com alta frequência, pois o pâncreas tem um tamanho pequeno.

O pâncreas está próximo ao duodeno e ao estômago, logo o ultrassom deve ser feito com animal em jejum para que não existam gases e indigestão gastrointestinal. Além de não causar desconforto para o paciente, o exame é de baixo custo.

Portanto, a combinação do exame de imagem juntamente à anamnese, exames físicos e laboratoriais, com citologia e histopatologia, proporcionam a descoberta de anormalidades. Vale enfatizar que quanto antes for feita a investigação, mais rápido será o tratamento e, portanto, evitará o desenvolvimento de outras enfermidades.

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Fontes: PubVet; Animal Natural; UnB; Unesp; Pubvet.

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