A transferência de embriões é uma biotecnologia responsável por garantir melhorias no potencial genético dos animais. Para tanto, esse procedimento requer a escolha correta das vacas receptoras. Os embriões serão transferidos para essas fêmeas que darão continuidade ao processo gestacional.
A escolha considera componentes interligados à idade, ao estado de saúde e ao manejo nutricional implementado na criação. Exige também que o profissional identifique os ciclos estrais das fêmeas doadoras e receptoras para torná-los simultâneos no procedimento.
Neste artigo, entenda a necessidade de fazer a seleção precisa das vacas receptoras. Saiba também quais são os critérios que devem ser obedecidos para conseguir sucesso com a transferência de embriões e como fazer a avaliação.
Importância na seleção de vacas receptoras
O papel desempenhado pelas vacas receptoras no processo de transferência de embriões é crucial para a garantia da gestação e nascimento dos bezerros. Essas fêmeas recebem embriões gerados pela vaca doadora e tornam-se responsáveis pela continuidade do desenvolvimento da gestação.
Com o crescimento do mercado bovino, a biotecnologia é uma forma de aumentar os lucros e a produtividade. O propósito do uso da transferência de embriões é usar o alto potencial genético das vacas doadoras e, com isso, elevar o número de bezerros nascidos com qualidade superior para o rebanho.
As vacas receptoras, portanto, não transferem seu material genético para o animal gestado, ou seja, sua atuação é semelhante à “barriga de aluguel”. Logo, precisam estar aptas para gestar e se enquadrarem dentro dos parâmetros apropriados de saúde.
Critérios para alcançar o sucesso na transferência de embriões
Para conseguir bons resultados, o processo começa com a escolha das vacas receptoras e doadoras. Destacam-se cinco pontos fundamentais na avaliação veterinária:
- elevado padrão genético
- condição física
- altos índices de fertilidade
- análise do sistema reprodutivo
- exames para detecção de doenças
A escolha de fêmeas com melhores condições genéticas é essencial para gerar progenitores com as mesmas características. Contudo, não só as doadoras devem ter boas qualidades, mas também as vacas receptoras e os touros envolvidos no processo de inseminação. As receptoras, por sua vez, não influenciam geneticamente no embrião, mas precisam ter boa saúde e facilidade para parir. Isso garante sucesso na gestação.
Ainda, deve-se escolher animais receptores que estejam dentro do escore adequado. Logo, avaliar o peso é fundamental para saber se a fêmea está sadia e absorvendo os nutrientes corretamente. A escolha deve priorizar animais jovens com 14 a 16 meses de vida, ter peso acima de 350 kg e com perspectiva para ganho de peso.
Importante que o ciclo estral seja regulado e pareado entre doadoras e receptoras. Conhecer o histórico de fertilidade, as taxas de prenhez e o total de crias são critérios que ajudam na seleção correta dos animais. Une-se a isso, ter a vacinação em dia contra as principais patologias infecciosas.
Logo, a análise precisa verificar a saúde animal e eles estarem livres de doenças, como brucelose, neosporose e brucelose. A checagem do aparelho reprodutor das fêmeas precisa ser feita com atenção para as características fisiológicas do colo do útero.
Preze pelo bem-estar e evite causar desconfortos aos animais. Assim, adéque o manejo nutricional conforme as orientações veterinárias, bem como ofereça um ambiente livre de estresse, visto que tais fatores estão correlacionados com as taxas de prenhez.
Ultrassonografia para avaliar e selecionar os animais
Os exames de imagem auxiliam na checagem do trato reprodutor das fêmeas e auxiliam na seleção. Com os resultados instantâneos, é possível saber se o animal tem alguma patologia ou se sua cérvix é curta, questões que atrapalham e inviabilizam o procedimento de inseminação.
A implementação da ultrassonografia para a reprodução bovina evita empregar vacas e touros com baixo potencial. Assim, a escolha acontece com precisão, reduzindo os gastos e aumentando os lucros obtidos.
Para fazer a avaliação corretamente, é indispensável ter equipamentos tecnológicos. Adquira ultrassons com até 120 dias para pagar. Veja qual modelo se adéqua as necessidades de sua clínica e aumente os lucros.
Fontes: Revista Veterinária; CBRA; Scielo.