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Tendinite em equinos: saiba mais sobre diagnóstico e tratamentos

A tendinite em equinos é uma patologia grave que pode comprometer a vida útil desses animais. Esse problema possui muitas origens e consequências, já que acometem as fibras responsáveis por manter o equilíbrio do corpo.

Mesmo existindo tratamento, um tendão afetado pode nunca mais voltar a ter a mesma capacidade funcional. Por isso, para os equinos de esporte, a tendinite pode representar o fim de sua carreira dependendo da intensidade da lesão.

Sabendo da gravidade dessa inflamação, preparamos esse texto onde você vai conhecer mais sobre a tendinite em equinos, as causas, sinais, diagnósticos e os tipos de tratamento mais indicados. Lembre-se, essa é uma lesão de difícil tratamento, por isso é essencial investir na prevenção eficaz. Confira!

O que é a tendinite em equinos?

Primeiramente, a tendinite em equinos é o processo inflamatório dos tendões. Os tendões são uma fibra esbranquiçada constituída por tecido conjuntivo. São também responsáveis por unir o músculo ao osso ou a outros órgãos por meio de ligamentos fibrosos. Como se fossem uma corda ou uma fita.

A lesão do tendão é muito preocupante por causar dores agudas, penetrantes ou vir acompanhadas de fibrose, em casos mais graves. Também pode comprometer para sempre a capacidade física do animal.

A tendinite em equinos acontece principalmente nos tendões flexores e suas bainhas sinoviais dos membros posteriores ou anteriores. Pode acometer todos os tipos de cavalos, mas em especial os de corrida.

Causas

Inegavelmente, muitas são as situações que podem levar o cavalo a desenvolver a tendinite. A causa mais comum é o esforço exagerado sobre o tendão ao longo da vida. Outras causas são:

  • Treinamentos forçados e inadequados;
  • Aumento brusco na carga de exercícios;
  • Início rápido de atividade após período de repouso;
  • Fadiga muscular após longas corridas ou caminhadas;
  • Ferrageamento impróprio;
  • Excesso de repetição do mesmo movimento;
  • Obesidade;
  • Idade avançada;
  • Estresse;
  • Contração vigorosa da musculatura da panturrilha;
  • Trabalho precoce;
  • Hereditariedade.

Sinais mais comuns

  • Dor ao se movimentar;
  • Sensibilidade ao toque;
  • Claudicação;
  • Queda de rendimento;
  • Fadiga;
  • Evitar o uso da pata com os tendões afetados;
  • Dificuldade de realizar determinados movimentos;
  • Perda da mobilidade.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é feito por meio do histórico do animal e o exame físico. Por isso é muito importante observar e esclarecer com o proprietário os sintomas que o animal vem apresentando. Essa conversa vai ajudar muito a identificar a doença e traçar o melhor tratamento.

Os médicos também podem solicitar exames de imagens para avaliar melhor o grau da inflamação, eliminar outras patologias e facilitar o diagnóstico. Em todos os casos, o uso da ultrassonografia pode ajudar de forma considerável. Além de não possuir radioatividade, ser mais barata e acessível também permite a visualização completa da lesão, incluindo tecidos moles.

Tratamento

O tratamento da tendinite pode ser muito mais complicado e frustrante do que você imagina. Isso porque é muito difícil restaurar a estrutura e as funções tendíneas como eram antes da inflamação. Mesmo assim, é muito importante tratar para promover o bem estar do animal.

Tratamentos tradicionais

Existem diversos tratamentos, dependendo do local, intensidade e complicação. Para minimizar a hemorragia e o edema, o veterinário pode fazer uso do gelo, ou da hidroterapia fria. Também é comum indicar compressas de água quente para os casos crônicos.

Entre os tratamentos cirúrgicos mais conhecidos estão a incisão longitudinal no tendão, Splitting e a Shock Wave. Geralmente os tratamentos são combinados com anti-inflamatórios locais e sistêmicos. O principal objetivo deles é diminuir a inflamação nas fibras e nas proximidades da lesão. Além disso, minimizar a formação de tecido cicatricial e promover a restauração da estrutura e da função normal do tendão.

Outros medicamentos também podem ser indicados como: corticosteroide parenteral, anti-inflamatórios não esteroides, dimetil sulfóxido ou injeção peritendínea de corticosteroides.

Tratamentos alternativos

Atualmente também é possível realizar tratamentos modernos com ultrassom terapêutico ou lasers. O ácido hialurônico e os glicosaminoglicanas polisulfatadas, também são usados para ajudar a reduzir a inflamação e estimular a síntese de colágeno, até mesmo nos estágios agudos da tendinite.

O plasma rico em plaquetas também é uma das alternativas mais utilizadas no tratamento da tendinite, por ser fácil de adquirir e possuir baixo custo.

No entanto, independente do tipo de inflamação, o repouso é uma parte fundamental no tratamento. Além disso, especialistas defendem que a prática de exercícios adequados é muito importante para estimular o alinhamento das fibras de colágeno.

A tendinite em equinos é muito preocupante, sendo assim o ideal é investir em medidas preventivas. Notando um ou mais sinais é importante realizar os exames o quanto antes. O tratamento precoce é essencial para a recuperação do animal.

Quer saber mais sobre problemas que podem afetar o desempenho dos equinos? Leia nosso artigo sobre Claudicação Equina e entenda como essa doença comum compromete a vida do animal.

Fontes: Cavalus; Portal Educação e Ouro Fino Saúde Animal

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