Médicos veterinários devem estar preparados para diferentes atendimento, afinal cada espécie requer um tipo de atenção. Por exemplo, um diagnóstico por imagem em animais silvestres e selvagens não é o mesmo do que em pequenos animais.
Durante o atendimento, o veterinário deve elaborar um prontuário com as informações para identificação do animal e de seu detentor, bem como encaminhar comunicado à Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e ao órgão executor da Defesa Sanitária Animal no Estado, no caso de doenças de notificação obrigatória.
Portanto, o trabalho do profissional no diagnóstico de eventuais problemas e enfermidades é indispensável. O uso da tecnologia tem sido uma grande aliada durante esse processo. Saiba como os exames de imagem podem ajudar no cuidado e bem-estar de animais silvestres e selvagens!
A importância do diagnóstico por imagem
O crescente número de estudos com animais silvestres e selvagens tem contribuído para um melhor conhecimento da anatomia e fisiologia das espécies. Com esse desenvolvimento, as técnicas de imagem ganharam visibilidade, se tornando importantes para auxiliar no diagnóstico definitivo, no prognóstico e na definição da melhor terapia.
O diagnóstico por imagem se expandiu rapidamente com a combinação de tecnologias junto ao aprimoramento de técnicas anestésicas. Porém, estes animais devem ser atendidos com cautela e responsabilidade, seguindo a legislação. Por isso, a importância de profissionais especializados na operacionalização destes equipamentos.
Métodos mais comuns de diagnóstico por imagem em animais silvestres e selvagens
As técnicas de diagnóstico por imagem têm sido utilizadas na complementação do exame clínico. Entre as opções disponíveis, a radiografia, a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética merecem destaque. Confira os detalhes de cada uma:
Radiografia
O raio-x é um método que atua como uma importante ferramenta para auxiliar o médico veterinário no diagnóstico e na pesquisa de várias enfermidades, com foco na descrição e identificação anatômica, além de melhor conhecimento no manejo de espécies ameaçadas.
Apesar de estar entre as primeiras indicações entre os profissionais, este exame apresenta desvantagens para algumas espécies.
Os répteis, por exemplo, não possuem gordura mesentérica, tornando a interpretação e a visibilização de órgãos da cavidade celomática no exame radiográfico limitadas, uma vez que, devido à redução do contraste entre os tecidos, a cavidade é visualizada como uma estrutura única. Portanto, nem todas as espécies serão favorecidas pela radiografia.
Ultrassonografia
O exame ultrassonográfico é uma técnica não invasiva que tem demonstrado bons resultados em animais silvestres e selvagens. Por ser acessível em relação custo-benefício, a ultrassonografia está entre as modalidades mais utilizadas para avaliação de muitos animais.
Suas aplicações incluem monitoramento da função reprodutiva e diagnóstico de afecções por meio da análise das mudanças anatômicas e topográficas dos órgãos. Além disso, a ultrassonografia auxilia em outras técnicas diagnósticas, como a biópsia, procedimento que pode ser guiado por ultrassom.
Tomografia computadorizada e Ressonância Magnética
A tomografia computadorizada (TC) aos poucos vem sendo mais difundida na rotina veterinária. Conhecida como uma técnica não invasiva e de curta duração, a TC permite realizar vários cortes anatômicos, sendo possível construir imagens tridimensionais, com mais distinção entre os tecidos e sem sobreposição de estruturas.
Apesar dos bons resultados e de trazer informações de extrema importância para o conhecimento clínico e anatômico, tanto a TC quanto a ressonância magnética (RM) são exames que ainda são utilizados com menor frequência devido ao alto custo.
Além disso, em alguns casos o procedimento pode trazer riscos quando associado a radiação e o meio de contraste. É necessário cautela ao avaliar a necessidade do exame em um paciente.
Qual o exame de imagem mais indicado?
Métodos de diagnóstico por imagem, em geral, são viáveis para descrição anatômica em animais silvestres e selvagens. Diante das opções apresentadas, o uso da ultrassonografia em tempo real tem despontado como uma importante ferramenta para o estudo em diversas áreas.
Todavia, o sucesso do exame depende da habilidade e experiência do operador, do seu conhecimento na anatomia das espécies examinadas e da qualidade do aparelho ultrassonográfico utilizado. Conheça o Ultrassom Veterinário x3v colorido com doppler e atenda animais silvestres e selvagens com precisão!
Fontes: Comunicação • Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 65 (4) • Ago 2013 , Revista Veterinária,Diário das Leis