A laminite equina é um tipo de afecção inflamatória grave e bastante comum nas propriedades. Se não identificada a tempo, ela pode comprometer totalmente a capacidade locomotora dos equinos, gerando altos prejuízos para o criador.
Essa enfermidade acomete o casco dos equinos e pode causar dor intensa e muito desconforto aos animais. Assim, como os cascos são extremamente importantes para a sustentação do peso e deslocamento, eles exigem muita atenção e cuidados constantes. Caso contrário, as perdas podem ser enormes.
Por isso, é muito importante conhecer a doença para investir na prevenção. Confira a seguir o que é laminite equina, as principais causas, sinais, formas de diagnóstico possíveis e indicações de tratamento. Leia até o final e entenda um pouco mais sobre esse assunto.
O que é a laminite equina
Conhecida popularmente como aguamento, a laminite equina é considerada como uma das principais doenças locomotoras. Ela é caracterizada pelo comprometimento da dinâmica de sustentação e locomoção do animal e todas as raças estão suscetíveis à doença.
Portanto, essa afecção nada mais é que a inflamação das lâminas responsáveis por fixar o casco no osso mais distal da pata dos equinos. Ela é um tipo de enfermidade sistêmica que pode refletir em outros órgãos, sendo classificada de acordo com a gravidade da lesão. Desse modo, possui, portanto, três fases: desenvolvimento ou subclínica, aguda e crônica.
Na maioria dos casos, a afecção acontece nos cascos dianteiros visto que a distribuição de peso é maior nos membros torácicos. Porém, pode acontecer nos quatro cascos.
Embora não seja uma doença contagiosa, é comum mais de um animal na mesma propriedade manifestar os sintomas. Isso, porque todos recebem o mesmo tipo de manejo.
Então, a laminite pode causar muitos prejuízos para o criador, como:
- Baixo desempenho dos animais atletas;
- Afastamento de suas atividades;
- Gastos com medicamentos e cuidados especiais;
- Perda do animal devido a necessidade de eutanásia.
Principais Causas
Os principais fatores relacionados com a doença são os distúrbios metabólicos. Esses, afetam o organismo de forma geral e acabam comprometendo a circulação sanguínea. Porém, ela também pode estar relacionada com:
- Disfunção gastrintestinal;
- Ingestão excessiva de carboidratos (grãos);
- Alterações inflamatórias;
- Traumatismos locais;
- Enfermidades no sistema digestório;
- Obesidade;
- Apoio de peso em um único membro;
- Retenção de placenta e abortamento;
- Baixa concentração de glicose nos tecidos do casco;
- Hipotireoidismo;
- Atividades físicas em solos muito duros;
- Banhos gelados ou ingestão de água gelada após a prática de exercício.
Sinais clínicos
Inegavelmente, a dor local é o sinal clínico mais recorrente da laminite equina, devido a inflamação. Mas também pode vir acompanhada de:
- Claudicação;
- Emagrecimento;
- Baixa performance;
- Grande sensibilidade ou rejeição ao pinçamento do casco;
- Edema;
- Relutância em se movimentar;
- Alteração da postura (evitando a pata acometida);
- Aumento do pulso digital;
- Tremores musculares;
- Aumento na frequência cardíaca e respiratória;
- Temperatura elevada na superfície do casco.
Entretanto, em casos crônicos ou mais graves, é possível observar mudanças na anatomia do casco ou até mesmo necrose.
Diagnóstico
O diagnóstico da laminite tem como base a anamnese completa relatada pelo proprietário, se atentando especialmente aos detalhes do manejo, alimentação e histórico de doenças e tratamentos anteriores. Os sinais clínicos podem ser observados no exame físico.
Do mesmo modo, os exames de imagem também são muito úteis e a ultrassonografia é um deles. Ela é muito recomendada para melhorar a confiança diagnóstica e para o acompanhamento do caso, pois fornece informações precisas, com exames não invasivos.
Também é possível apostar na radiografia, no bloqueio anestésico dos nervos relacionados e na termografia.
Tratamento
O tratamento da laminite vai depender da conclusão do diagnóstico, mas tem como objetivo principal impedir a rotação da terceira falange, quando ainda der tempo. Ele consiste basicamente em reduzir o processo inflamatório e aliviar a dor e o desconforto.
O profissional pode optar por terapias de suporte e medicamentosas. É recomendado também melhorar o manejo, diminuir a sobrecarga sobre as lâminas e propor mudanças na alimentação.
O médico pode recomendar diversas medidas para melhorar o desconforto do animal. Entre elas: o uso de palmilhas e ferraduras específicas, crioterapia, repouso e camas macias. É possível ainda optar por anti-inflamatório não esteroidal, não narcótico, analgésico, antipirético e vasodilatador, para reduzir a inflamação e a dor.
A administração medicamentosa deve acontecer em conjunto com as práticas de suporte. para evitar efeitos indesejados, é fundamental seguir rigorosamente as recomendações do médico veterinário.
Como visto a laminite equina é uma doença muito grave e que exige atenção constante para evitar problemas maiores. Notando qualquer sinal da doença, o ideal é procurar imediatamente um médico de confiança.
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Fontes: JA saúde animal, Revista Veterinária, UCB Vet, Syntec.