Como é realizada a ultrassonografia transcraniana em cães: parâmetros e cuidados

ultrassonografia transcraniana em cães

À medida que novas modalidades diagnósticas por imagem vão surgindo e se tornando populares, o interesse por profissionais que estejam atualizados quanto a elas aumenta no mercado. Esse é o caso de médicos veterinários e clínicas que realizam ultrassonografia transcraniana em cães. 

O exame, também conhecido como USTC, não é invasivo e tem baixo custo quando comparado a outros, como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM). Além disso, a melhoria na tecnologia dos transdutores e os avanços no processamento do sinal têm refinado a resolução da imagem, tornando a aplicação ultrassonográfica ainda mais acessível em animais. 

Portanto, se você pretende atuar com ultrassom canino ou está em busca de atualização no mercado, esse texto é para você! Saiba mais a seguir.

Técnicas para realizar a ultrassonografia transcraniana em cães

O sistema nervoso central pode ser acometido por diversas afecções. Nesse sentido, a ultrassonografia transcraniana tem obtido sucesso para a avaliação de estruturas cerebrais e complementação dos achados de exames neurológicos em cães, permitindo o detalhamento anatômico de estruturas normais e a localização de lesões. 

Apesar de não necessitar anestesia, a técnica requer amplo conhecimento teórico e prático durante a execução. 

Primeiramente deve-se fazer a tricotomia bilateral nas regiões temporais e na região occipital, seguindo-se aplicação de gel condutor acústico entre o transdutor e a pele do animal. O cão deve ser posicionado em decúbito lateral esquerdo, para o acesso pela janela temporal do lado direito da cabeça, e em decúbito lateral direito, para o acesso do lado esquerdo.

O exame ultrassonográfico transcraniano pode ser realizado utilizando as janelas transtemporal e transorbital e o forâmen magno. A abordagem pode ser realizada com sucesso em alguns cães mesmo com a fontanela bregmática fechada. Isso porque, em alguns animais, a calota craniana é suficientemente fina, de modo a permitir a transmissão do feixe sonoro através do osso temporal. 

Indicações do exame em cães

Uma das indicações clínicas mais conhecidas da ultrassonografia transcraniana na medicina veterinária tem como finalidade o diagnóstico de hidrocefalia. Considerada uma anomalia multifatorial, associada ao acúmulo ou passagem inadequada do líquido cefalorraquidiano, seu diagnóstico definitivo se dá através de exames de imagem. 

As consequências da enfermidade podem ser dilatação, aumento de volume e subsequente atrofia e destruição do parênquima encefálico. Na maioria das vezes, o problema acomete cães de raças pequenas e braquicefálicas, apresentando sinais clínicos até 2 anos de idade e tendo como maior causa ser uma enfermidade congênita.

Além da hidrocefalia, a UTSC também é recomendada para outras condições clínicas, tais como: Alterações traumáticas, pesquisa de edema, malformações congênitas, encefalites e meningoencefalites (MEG/ MEN/ LEN), neoplasias, processo degenerativo/angiopatia amilóide cerebral e acidentes vasculares encefálicos.

Parâmetros e cuidados na ultrassonografia transcraniana em cães

De maneira geral, a USTC pode ser utilizada de maneira periódica sem originar danos à saúde do paciente, uma vez que é um recurso o qual não utiliza radiação ionizante. Por ser um método rápido e que não necessita de anestesia para sua execução, engana-se quem pensa que não é necessário seguir alguns parâmetros. 

Quando a ultrassonografia transcraniana é realizada pela janela transtemporal, o peso corporal do paciente está diretamente relacionado com a qualidade da imagem ultrassonográfica adquirid. Já que cães de maior porte possuem o osso temporal mais espesso, dificultando a passagem do feixe sonoro. Por isso, é recomendado que o exame seja feito em cães de pequeno porte até 15kg.

É essencial o uso de um equipamento de ultrassom de alta qualidade para obtenção de imagens com boa resolução, detalhamento e definição das estruturas encefálicas corretamente. Uma observação fica por conta dos transdutores. Modelos setoriais e convexos, com pequena superfície de contato, possibilitam melhor observação das estruturas periféricas. 

Ou seja, investir em um ultrassom veterinário que proporcione alto desempenho é uma oportunidade para alavancar a carreira através de bons atendimentos. Está procurando um equipamento top de linha? Veja como o Ultrassom Veterinário X3v é perfeito para sua necessidade e garanta condições especiais!

Fontes: T.C.F. Cintra , C.F. Carvalho , J.C. Canola , A.C. Nepomuceno; Pubvet; NAUS; C.D.O. Ghirelli; T.C.F. Cintra.

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Atualizado em: 22 de novembro de 2022