As doenças respiratórias em equinos são bastante comuns. Nesse sentido, hoje são as principais responsáveis pelos atendimentos veterinários e pelo afastamento dos animais de suas atividades rotineiras. O problema acomete principalmente em cavalos atletas, que são submetidos a atividade física intensa ou animais mais velhos.
A maior parte das doenças respiratórias acontecem devido ao manejo inadequado das instalações dos animais ou devido à sua predisposição em contrair as patologias, que em grande parte das vezes são crônicas.
Neste artigo, separamos as doenças mais comuns, seus principais sintomas e como diagnosticá-las. Confira!
Tipos de doenças respiratórias em equinos
Confira aqui as principais patologias do trata respiratório nos equinos.
Gripe
A exemplo dos humanos, os equinos também contraem o vírus da gripe com bastante frequência. O problema é que, se não for tratada, pode evoluir para um quadro de pneumonia e até mesmo levar o animal à morte.
Os principais sintomas da ocorrência de gripe em cavalos é a mudança no apetite (pois tendem a se alimentar menos), presença de corrimento nasal e tosse.
Caso o animal contraia a doença, ele fica bastante debilitado. Por essa razão, deve ser poupado de grandes esforços físicos. Além disso, por ser contagioso, o ideal é que o animal não tenha contato com os demais.
Alergias ou Pulmoeira
Os equinos podem apresentar alergias relacionadas à poeira ou fungos e é por isso que esse tipo de doença respiratória é bastante comum.
Quando o animal é alérgico, ele costuma tossir no estábulo e durante as atividades de rotina, como trabalhos e treinos. Apesar de não ter febre, como na gripe, o corrimento nasal é comum e a respiração do cavalo tende a ficar acelerada.
A alergia ou pulmoeira é uma condição permanente mas pode ser controlada e amenizada por meio do manejo adequado. Portanto, manter as baias e estábulos limpos e permitir que o cavalo fique o maior tempo possível ao ar livre, são boas práticas.
Doenças respiratórias causadas por bactérias
As infecções bactérias também podem ser um verdadeiro problema para os equinos. Uma das mais comuns é a Gurma, ou Garrotilho, que é causada pela bactéria Streptococcus cusequi que é altamente contagiosa. Por isso, ao perceber os sinais, a orientação é separar dos outros animais.
Os principais sintomas desse problema são febre alta, pus nas narinas, falta de apetite e descoramento. Além disso, não são raros os casos em que o animal desenvolve abcessos na região do pescoço e da mandíbula.
Doença pulmonar crônica obstrutiva.
A doença pulmonar crônica obstrutiva é uma síndrome alérgica e inflamatória. Tal patologia se caracteriza por acometer sobretudo os animais mais idosos. A DPCO tem como principais causas o agravamento de infecções virais, fatores relacionados a alergias como pó, ácaros e fungos. Também pode surgir quando o animal tem predisposição genética.
No caso dessa doença, os principais sintomas são a mudança brusca de comportamento, falta de apetite, cansaço, hipertrofia muscular, febre, presença de corrimento nasal e mudança no ritmo da respiração.
Como essa é uma doença crônica, o equino tende a ficar muito fragilizado, o que o deixa propenso a desenvolver outras infecções.
Como diagnosticar e tratar essas patologias?
Para diagnosticar as doenças respiratórias em equinos primeiramente, é fundamental conhecer a anatomia do animal e saber identificar os sintomas que esteja apresentando. Ou seja, o médico veterinário deve realizar uma anamnese junto ao criador para entender o histórico do animal e realizar um exame físico geral.
Deve-se também fazer uma avaliação minuciosa dos pulmões, observar a presença de sintomas como tosse e secreções nasais.
O diagnóstico por imagem também pode ser um aliado. Em determinados casos pode ser solicitado uma endoscopia respiratória, raio x do torax e ainda uma ultrassonografia veterinária . A vantagem do exame ultrassonográfico é que permite visualizar as estruturas pulmonares e das vias respiratórias, possibilitando identificar alterações proeminentes. Além disso, ao usar o modo doppler é possível identificar mudanças no padrão da circulação sanguínea, o que pode indicar uma patologia.
O tratamento pode variar de acordo com o tipo de doença mas, de uma forma geral, recomenda-se o repouso do animal e o afastamento dos demais até descobrir a causa do problema.
Vale ressaltar que no caso das doenças respiratórias em equinos, o mais eficaz é investir em prevenção. Manter boas condições dos estábulos, garantir que o animal tenha acesso à áreas abertas e providenciar uma alimentação sempre balanceada são formas de manter a saúde dos equinos em dia!
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Fonte: Portal Escola do Cavalo e Agronline