Conheça a Injeção intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI em equinos

ICSI em equinos

Uma das biotecnologias empregadas no manejo reprodutivo é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) cuja sigla vem do inglês “Intracytoplasmic Sperm Injection”. Trata-se de uma técnica para reprodução assistida, em que se injeta com micromanipuladores um espermatozoide dentro do citoplasma do oócito. É interessante destacar que a ICSI é muito conhecida na reprodução humana, mas também é indicada para equinos. Seu uso já é popular no mercado internacional e vem ganhando potencial no Brasil. 

Esse método pode ser uma opção escolhida para plantéis que não desejam proceder com os métodos de fertilização convencionais. Sua viabilidade se deve ao fato de usar apenas um espermatozoide, algo diferente de outras biotecnologias que necessitam de um número grande. Desse modo, pode-se usar sêmen de grande custo, raro ou oriundo de um macho com alguma adversidade na motilidade dos espermatozoides para produção de várias gestações.

Saiba mais detalhes sobre a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) em equinos, como funciona e em que essa nova tecnologia pode fazer a diferença. 

Aplicabilidade da Injeção intracitoplasmática de espermatozoides

Há algumas razões para o uso da técnica com o objetivo de desenvolver embriões em situações de infertilidade com espermatozoides. Os casos são:

  • número limitado de espermatozoides disponíveis para a reprodução;
  • espermatozoides com formação morfológica inadequada;
  • poucas palhetas de sêmen;
  • espermatozoides com baixa motilidade.

Além das situações elencadas, seu uso é indicado para animais garanhões de elevada qualidade genética, geração de descendentes de alta potência e para resguardar a existência de espécies de cavalos ameaçadas de extinção. O procedimento é realizado por um médico veterinário especializado em quatro fases.

Primeiramente, cabe proceder com a aspiração folicular das fêmeas para recuperar seus óvulos. Essa etapa deve contar com o uso do ultrassom para guiar os transdutores. Depois, o profissional fará a preparação dos óvulos por meio da técnica de maturação in vitro. Já maduros, os óvulos vão receber um único espermatozoide, que será injetado no citoplasma. Por fim, oito dias depois, os embriões estarão formados. Prosseguirá com a transferência para a égua receptora.

Vale pontuar que a Injeção intracitoplasmática de espermatozoides é uma aliada juntamente a outras biotecnologias, que devem ser combinadas no manejo reprodutivo. Em virtude de possibilitar a resolução de adversidades com animais que não têm bons resultados reprodutivos, a ICSI contribui para a maior reprodutibilidade dos equinos que não respondem a outras técnicas, assim como traz mais resultados positivos para os criadores.

Chances de sucesso da técnica

O desenvolvimento genético trouxe avanços para a criação e reprodução de equinos. Para otimizar o uso do sêmen, a técnica oferece aumento nos resultados positivos.

Para se ter ideia, em uma inseminação artificial comum, são necessários 150 milhões de espermatozoides viáveis, o que significa um alto número de material usado no processo. Em comparação com a Injeção intracitoplasmática de espermatozoides, usa-se apenas um. Logo, a técnica é uma grande vantagem para a produção de potros.

Com o crescimento do setor reprodutivo, investir em capacitação profissional e em equipamentos tecnológicos é fundamental para seu desenvolvimento na área. Com o Guia de Ultrassonografia em Equinos, você tem mais informações sobre as aplicabilidade do ultrassom no acompanhamento reprodutivo das éguas e em outras biotecnologias, como a aspiração folicular.

Fontes: UNB; Rural Pecuária; ATP Veterinária; EBC; Unesp.

Equinos

Atualizado em: 26 de outubro de 2021