Uma ferramenta reprodutiva que vem sendo usada com mais frequência no manejo de rebanhos é a transferência de embriões em tempo fixo, também conhecida como TETF em bovinos. A técnica permite maximizar a reprodução do rebanho, com alto ganho genético, ao mesmo tempo em que garante o nascimento de um maior número de fêmeas.
Entretanto, para alcançar o resultado pretendido é preciso executar corretamente todos os protocolos da TETF. Nesse sentido, a ultrassonografia pode ser uma grande aliada devido a sua alta acurácia nas avaliações do programa.
Ao longo deste artigo vamos abordar os protocolos da TETF em bovinos e a vantagem de implementar a técnica no seu rebanho. Boa leitura!
Como realizar a TETF em bovinos
A transferência de embrião é feita nas vacas que ovularam, após a avaliação da presença ou não do corpo lúteo. Em caso positivo, a vaca recebe a transferência de embrião.
Uma dúvida comum de produtores e técnicos para os seus veterinários é quais protocolos de TETF são recomendados para se obter resultados cada vez mais satisfatórios. Ter mais vacas apresentando cio é sinônimo de melhor resultado em protocolos de sincronização.
Para alcançar esse objetivo, podem ser utilizados protocolos à base de estrógenos, que apresentam maior proporção de vacas em estro, com duas doses de prostaglandina.
Para ter mais eficiência na TETF em bovinos é necessário se criar uma rotina e dividi-la em etapas. No primeiro dia, o médico veterinário responsável deve sincronizar os animais que estão aptos, aplicando a prostaglandina nos animais que estão no dia certo do protocolo. Além disso, deve-se avaliar as receptoras, para ver se estão aptas a receber o embrião.
Nos dias seguintes as etapas consistem em retirar o implante intravaginal de progesterona, fazer a aspiração folicular para a produção de embrião e, por fim, transferir os embriões para a receptora.
Vantagens da transferência de embriões em bovinos
Optar pela TETF em bovinos pode trazer inúmeros benefícios a uma fazenda. Além do avanço genético e manejo de reprodução mais bem definidos, também são considerados vantagens:
- A possibilidade de crescimento do plantel, pois quanto maior o número de fêmeas nascidas, melhor para crescer o rebanho ou vender animais, agregando valor ao negócio.
- Escolher o grau de sangue, uma vez que a transferência de embriões possibilita fazer exatamente o animal que o sistema precisa.
Apesar das vantagens, é preciso estar ciente de alguns desafios. Montar a rotina reprodutiva e chegar ao protocolo de sincronização ideal requer tempo, erros e acertos.
Também é preciso estar atento às medidas de higiene. Fatores como agulha bem esterilizada, limpa, desinfecção do local de aplicação, higienização do implante de progesterona e da vaca são fundamentais para o bom resultado do manejo reprodutivo.
Uso da ultrassonografia na TETF em bovinos
Com tantos avanços e possibilidades, a ultrassonografia chegou ao seu potencial de inclusão em programas reprodutivos em bovinos. Seja para avaliar a funcionalidade do corpo lúteo (CL) ou diagnosticar a gestação, a técnica deve fazer parte do manejo reprodutivo.
No caso de programas de TETF, a avaliação da função luteal pela ultrassonografia permite a seleção de receptoras de embriões com maior receptividade, e consequentemente pode melhorar a fertilidade. Nesse sentido, o ultrassom também pode ser usado no monitoramento da dinâmica folicular, para exame do processo de ovulação e morfologia do CL.
O uso desse equipamento se consolida a cada dia mais na rotina de veterinários de campo. Entretanto, a avaliação correta e a qualidade da imagem ultrassonográfica são dependentes da experiência e conhecimento do operador, do padrão do aparelho e da configuração correta do mesmo.
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Fontes: MICHELON, Paulo Ricardo Potrich; Educa Point 1; Educa Point 2; Educa Point 3; PUGLIESI, Guilherme.