Os exames de imagem vem se mostrando de grande importância no sucesso reprodutivo equino, há anos. Dentre outras coisas, com a ultrassonografia de ovários em éguas é possível realizar análises precisas dos folículos e do útero. O que é essencial em procedimentos como a inseminação artificial, a transferência de embriões ou mesmo o planejamento da cobertura natural.
Além disso, a ultrassonografia em éguas possui muitas outras vantagens tanto pré quanto pós-cobertura. Tais vantagens devem ser levadas em consideração para a eficiência no controle reprodutivo equino.
Neste artigo, vamos falar sobre a estrutura dos ovários equinos e como a ultrassonografia é ideal para acompanhar o desenvolvimento folicular resultando em maior eficiência reprodutiva. Confira!
Estrutura dos ovários equinos
Primeiramente, os ovários fazem parte do sistema reprodutivo da égua e são suspensos pelo mesovário. Apesar de serem bem móveis, se situam mais na parte dorsal do abdome e cranioventralmente às asas dos ílios.
Desse modo, quando comparados a outras espécies, os ovários do equinos são considerados grandes, medindo de 8 a 10 cm ao longo do eixo maior, em éguas de grande porte. Eles possuem um formato peculiar conhecido como “fossa de ovulação”, um local de ruptura dos folículos maduros que forma uma depressão profunda.
Os folículos e corpos lúteos se encontram espalhados na parte central do ovário. Dessa maneira, ficam envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo denso, o que acaba dificultando sua identificação no exame de palpação retal.
Portanto, para localizar os ovários durante o exame de palpação retal ou pela ultrassonografia, os cornos uterinos são utilizados como guias.
Ultrassonografia e desenvolvimento folicular
O acompanhamento do desenvolvimento folicular em éguas pode ser realizado por meio da palpação retal e/ou da ultrassonografia. Porém, a palpação retal exige extrema habilidade do examinador para que este consiga identificar a presença de folículos adjacentes para garantir sua eficiência.
Já a ultrassonografia de ovários em éguas, seja convencional ou Doppler, é uma excelente alternativa. Afinal, garante maior precisão na análise folicular. Além de ser um procedimento não invasivo, ela permite obter resultados em tempo real com imagens de alta resolução.
O acompanhamento dos folículos pela ultrassonografia acontece com a observação da estrutura que pode variar de forma dependendo do seu desenvolvimento. Essas alterações de forma e também de diâmetro folicular são importantes sinais utilizados para estimar o momento mais próximo da ovulação.
Pensando em todo o ciclo estral, a ultrassonografia possibilita ainda:
- verificar as características de imagem uterina;
- congelar a imagem para realizar medidas de diâmetro para prognóstico de ovulação;
- salvar a imagem para posterior comparação;
- mensurar os folículos ovarianos;
- observar a presença do corpo lúteo;
- analisar sua consistência, tamanho ou forma.
Enfim, ela possibilita avaliar a conformação e ecotextura dos ovários e do útero. Os benefícios também se estendem após a cobertura, já que o equipamento pode ser utilizado para acompanhar o desenvolvimento embrionário, sexagem fetal, anormalidades no feto e o tempo gestacional.
Vantagens da ultrassonografia de ovários em éguas
As vantagens da ultrassonografia de ovários em éguas para a eficiência reprodutiva equina são variadas, entre as principais estão:
- Determina com precisão o estágio do ciclo estral desses animais;
- Ajuda a estimar o momento mais próximo da ovulação;
- Garante melhor manejo reprodutivo;
- Auxilia na utilização de indutores de ovulação ao determinar o diâmetro folicular;
- Aumenta as chances de sucesso de cobertura ou inseminação artificial;
- Evita prejuízos como gastos de tempo e de dinheiro em vão.
Como visto, a ultrassonografia de ovários em éguas é um método indispensável e extremamente útil em uma estação reprodutiva, por diversos motivos. No entanto, exige que o profissional tenha prática e conhecimento específico para realizar uma análise correta das imagens e obter melhores resultados. Por isso, é tão importante investir nessa tecnologia e em conhecimento para exercer uma avaliação eficiente.
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Fontes: Luis Henrique Oenning COSTA, Ciência Rural, Revista Brasileira Reprodução Animal, REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA.
