Ultrassonografia de baço em cães: veja orientações e principais achados

A ultrassonografia de baço em cães é um exame fundamental para investigar doenças que podem estar atingindo os animais. Além da análise dos sinais clínicos, com o ultrassom, o médico veterinário consegue visualizar como está o estado do órgão, se há desenvolvimento de tumores e outras afecções na região e ter informações exatas sobre a situação. 

Importante destacar que o baço é um órgão de extrema importância para o bem-estar animal. Por isso, neste artigo, conheça a anatomia do baço em cães e quais são os principais problemas na região. Saiba porque é importante fazer a ultrassonografia na região durante a varredura abdominal, quais são os cuidados durante o exame, o que é possível observar no procedimento e a necessidade de realizar a ultrassonografia para diagnóstico precoce de doenças.

Anatomia e problemas do baço

Fundamental nos mecanismos de defesa do organismo, o baço compõe o sistema imunológico e está situado na região esquerda do abdômen. O órgão é responsável pelas células imunológicas e filtra o sangue. Além disso, produz linfócitos, inutiliza células envelhecidas e danificadas do sangue, assim como concentra hemácias e plaquetas.

Os casos mais comuns de patologias na clínica veterinária envolvendo o baço em pequenos animais são tumores de linfoma e hemangiossarcoma. Encontrado, fundamentalmente, em cães machos, o hemangiossarcoma é um tumor maligno que pode se espalhar para outras regiões do organismo e causar patologias sanguíneas. Por isso, a precisão no diagnóstico é vital para tomada de decisões.

Importância da ultrassonografia de baço em cães

A ultrassonografia de baço em cães é uma técnica não invasiva para diagnosticar patologias. Diferente de outros métodos que exigem procedimentos cirúrgicos e de sedação, o ultrassom não causa dor no animal e nem desconforto durante a execução do exame. 

Cuidados antes e durante o procedimento

É importante realizar a tricotomia ampla do abdômen, ou seja, aparar os pelos para que o equipamento tenha aderência melhor à pele e não inviabilize a geração de imagens. Outra recomendação antes da ultrassonografia de baço em cães é o jejum alimentar de oito horas e administração de medicação antiflatulência, conforme recomendação médica.

Durante o procedimento, o médico veterinário colocará o transdutor em contato direto com a região onde o órgão está localizado. Na superfície da pele, aplicará o gel condutor.

Observação

Para conseguir visualizar melhor o baço, o cão deve estar em decúbito dorsal ou, ainda, em decúbito lateral direito. A ultrassonografia esplênica utiliza cortes longitudinais e transversais para geração de imagens. A frequência dos transdutores deve ser ajustada para 7,5 MHz.

Já a ultrassonografia doppler, uma técnica moderna para investigação de patologia, o médico veterinário obtém informações em tempo real sobre os órgãos parenquimatosos. Isso é possível porque o procedimento resulta da interação do ultrassom com o fluxo do sangue. A indicação do doppler traz bons resultados para diagnósticos de neovascularização tecidual em alterações esplênicas, avaliação de neoplasias e torção esplênica.

Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é essencial para adotar medidas de intervenção e tratamentos para o animal. A ultrassonografia de baço em cães permite ter informações precisas e rápidas sobre o estado do paciente. 

Além disso, cabe ao tutor observar a presença de sinais clínicos que evidenciam desordens, como perda de apetite e peso, mudança de comportamento, febre, vômitos, diarreia, sangramentos, apatia, entre outros. As consultas periódicas com médicos veterinários especializados em análise de exames de imagem são primordiais para a saúde animal.

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Fontes: Unesp; Scielo; Meus Animais.