A ultrassonografia do sistema locomotor equino é um procedimento de alto grau de precisão para diagnosticar lesões. Por meio das imagens geradas nos resultados, o médico veterinário consegue saber o tamanho e gravidade da lesão, assim como prescrever quais medidas de intervenção deverão ser tomadas para o tratamento do animal.
Outra funcionalidade do exame é como medida preventiva, haja vista que se consegue perceber mudanças nos membros do cavalo e identificar doenças ainda em fase inicial, como a mais comum em cavalos, a claudicação.
As vantagens da técnica se dão ao fato de ter respostas rápidas, dinâmicas e pouco invasivas, o que não gera estresse para o animal. Neste texto, saiba quais são as aplicações da ultrassonografia do sistema locomotor equino e as principais formas de realização.
Aplicabilidade do exame de ultrassom
Com a ultrassonografia do sistema locomotor equino, possibilita-se identificar patologias na região dos tendões e nos ligamentos metacarpianos e metatarsianos. Uma das alterações com variados sinais clínicos é a claudicação, que possui quatro classificações: de membro de apoio, de membro de suspensão, mista e complementar. Esse problema exige o uso da ultrassonografia para saber especificamente como estão os membros e, assim, conseguir atestar qual é a claudicação e como intervir corretamente para o tratamento.
Já o ultrassom transcuneal serve para investigar estruturas importantes do animal e detectar anomalias, dentre as quais destacam:
- superfície flexora do osso
- sesamóide distal
- porção distal do tendão flexor digital profundo
- ligamento sesamóide distal ímpar
- enteses da falange distal
Além de ajudar no diagnóstico de afecções articulares, outra aplicação do ultrassom é em cirurgias como uma forma de auxiliar o veterinário no alcance da lesão. Também é aplicada em tratamentos precoces, ou seja, o exame ajuda na detecção de processos inflamatórios e alterações iniciais. Assim, resguarda o bem-estar do animal e possibilita agir de forma rápida, evitando que outras adversidades se desenvolvam e agravem.
Formas de realizar a ultrassonografia do sistema locomotor equino
Há duas formas comumente usadas para diagnóstico de enfermidades locomotoras: transversal e longitudinal. O enfoque transversal permite uma visualização transversal do local. O longitudinal concede alta imagem do alinhamento axial das fibras tendíneas e mudanças na ecogenicidade e morfologia.
O primeiro passo a ser desenvolvido pelo examinador é fazer a tricotomia na região e depois aplicar o gel. Isso se deve ao fato dos pelos causarem interferência e o gel retira o ar entre o transdutor do ultrassom e a pele. Em seguida, vai passando o transdutor na área e, se verificar problemas, deve ser capturada a imagem. Se o local for irregular, necessita-se usar anteparo de silicone standoff.
Para o transcutâneo é necessário retirar a ferradura do cavalo e fazer um casqueamento básico, principalmente na ranilha. O cuidado deve ser grande para não tirar muito, de modo que fique apenas lisa. Depois, usa-se o transdutor para examinar.
Para a condução da ultrassonografia do sistema locomotor equino, é fundamental ser capacitado para análise das imagens geradas a fim de identificar tendinites, tenossinovites, desmites e problemas de articulações, assim como saber conduzir toda a análise.
A ultrassonografia do sistema locomotor equino é um procedimento imprescindível para o atendimento de pacientes com mudanças e doenças nos membros. Para investigar o problema com precisão, invista na Linha E de ultrassons veterinarios. Confira os três modelos direcionados para cada tipo de necessidade.
Fontes: USP; Revista de Educação Continuada do CRMV-SP; Unesp;