O uso da ultrassonografia veterinária, especialmente em pequenos animais, já está se tornando uma prática cada vez mais comum na rotina clínica. Isso porque os exames são imprescindíveis para auxiliar no diagnóstico de diversas doenças e anormalidades, além de serem úteis para o acompanhamento de gestação, tratamentos ou para guiar intervenções. Porém, a ultrassonografia em felinos ainda apresenta alguns desafios e particularidades, que podem dificultar o atendimento.
Para te ajudar a entender melhor sobre a ultrassonografia em felinos, fizemos este artigo que vai te deixar mais inteirado sobre o exame. Neste post vamos explicar os desafios em relação ao comportamento do gato, como deve acontecer a preparação prévia do paciente, além das vantagens e principais aplicações.
Boa leitura!
Desafios da ultrassonografia em felinos
Os desafios da ultrassonografia com os gatos começam no momento da preparação, quando é preciso colocá-los virado de barriga para cima para ser tricotomizado.
O problema é que a maioria dos gatos, diferente dos cães, não gostam de ser colocados nesta posição, e nesse momento podem apresentar um comportamento bastante agressivo.
Por isso, muitas vezes é preciso realizar a contenção física ou pedir a ajuda dos tutores para segurar os animais. A escolha vai depender de cada situação e após estudar o comportamento do gato, a fim de manter seu bem estar, inclusive durante o exame.
É muito importante conhecer diversas possibilidades de abordagem para conquistar a confiança do animal e do dono, desde sua chegada.
A contenção química é rara, mas em alguns animais mais agitados ou na presença de dor recomenda-se um sedativo leve para acalmar o animal.
Diante dos desafios, as habilidades de manipulação dos felinos são essenciais para o profissional conseguir realizar um exame satisfatório deixando o animal o mais confortável possível.
Preparação prévia
Para realizar o exame ultrassonográfico nem sempre se faz necessário algum tipo de preparação, mas quando exigido, o procedimento preparatório é bastante tranquilo.
A recomendação é que o paciente seja submetido a um jejum alimentar, de no mínimo 8 horas, para evitar acúmulo de gás no tubo intestinal. Para diminuir a presença do gás, também pode ser indicado a administração de fármacos antifiséticos.
O acesso a água deve ser livre durante o jejum, pois durante o exame a bexiga deve estar repleta. O ideal é não deixar o gato urinar a partir de 1 hora antes do exame.
O animal também precisa ser submetido a tricotomia, que consiste na retirada de pelos (depilação) da área a ser investigada durante o exame. Isso porque é necessário um maior contato entre a pele e o transdutor para se obter boas imagens.
Feita a tricotomia, deve-se aplicar sobre a pele uma grande quantidade de gel condutor, que serve para garantir boa superfície de contato entre o transdutor e o paciente, pois retira qualquer vestígio de ar que possa haver entre a pele do animal e o transdutor, tornando o exame mais fiel a realidade. Uma dica para diminuir o estresse do animal nesse momento, é usar o aquecedor de gel, visto que o produto gelado pode causar desconforto.
A posição preferencial é o decúbito dorsal, por possibilitar uma melhor informação anatômica. Porém, dependendo da situação o animal pode ser examinado em decúbito lateral e até em estação, ou ainda ser virado durante o exame. Independente da posição, o importante é buscar sempre o bem estar do paciente.
Vantagens e principais aplicações da ultrassonografia em felinos
A ultrassonografia veterinária permite avaliar o tamanho, formato, contorno e estrutura interna dos órgãos em tempo real e de maneira não invasiva, não necessitando de nenhum processo de recuperação.
Suas principais aplicações na medicina veterinária são na avaliação de todos os órgãos abdominais, mesentério e omento, peritônio e parede abdominal. Sendo assim, possibilita que o veterinário visualize alterações morfológicas ou aumentos de volume em praticamente todos os órgãos, como: adrenais, pâncreas, ovários e linfonodos.
Além disso, é usada para determinar origem e extensão de massas abdominais, oferece diagnóstico precoce de gestação, permite observar a vitalidade fetal e avaliar movimentos peristálticos.
Ainda como vantagens é possível citar a detecção precoce de afecções e os laudos que são emitidos de forma rápida. Isso aumenta a velocidade de intervenções medicamentosas ou cirúrgicas, facilitando o tratamento e consequentemente aumentando as chances de recuperação.
Como visto, a ultrassonografia em felinos está amplamente difundida na medicina veterinária por ser um exame não invasivo, rápido, indolor, versátil, seguro para o paciente e o operador e principalmente por oferecer informações em tempo real. Como esse exame é fundamental na tomada de decisões do médico veterinário, trabalhar com ele é hoje uma necessidade.
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Fontes: