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Ortopedia em pequenos animais: use a ultrassonografia a seu favor!

Durante muitos anos, a ortopedia em pequenos animais foi bem pouco utilizada. Era comum aos tutores, em caso de fraturas, optar pelo sacrifício de seus animais. Felizmente a medicina veterinária evoluiu muito. Hoje existem diversos recursos tecnológicos e conhecimento disponível na área para diagnosticar e tratar corretamente as fraturas e problemas ortopédicos

Nesse sentido, a ortopedia veterinária é uma área em expansão. Afinal os tutores estão cada vez mais conscientes da importância de garantir a saúde e o bem-estar de seus animais de estimação. Por tal razão, o médico veterinário que deseja se destacar precisa estar preparado para diagnosticar as condições com agilidade e precisão, assim como saber tratá-las da forma correta.

Para entender mais sobre o assunto e compreender como atender melhor os casos de ortopedia em pequenos animais com o uso da ultrassonografia, continue a leitura deste artigo!

Quais as principais demandas da ortopedia em pequenos animais?

Os cães e gatos podem apresentar problemas ortopédicos em decorrência de diversos. Inegavelmente, um dos principais problemas, sobretudo nos cães, são as lesões. Isso pois, normalmente as lesões e fraturas são causadas por suas atividades diárias ou em virtude de acidentes. Brigas, exercício em excesso, ou atropelamento são alguns dos fatores que podem causar fraturas ou deslocamento dos ossos.

Mas, assim como os humanos, os animais também podem sofrer com doenças ortopédicas de origem genética ou degenerativa. Uma delas é a artrose, patologia degenerativa que se caracteriza pelo desgaste  da cartilagem que protege as articulações e ossos de áreas como joelhos, cotovelos, coluna, dentre outras. A artrose não tem cura mas é possível desacelerar o processo degenerativo e diminuir a dor.

Outra doença ortopédica bastante comum é a ruptura do ligamento cruzado. Tal enfermidade causa uma ruptura crônica levando à fadiga progressiva das estruturas que compõem o joelho.

Já a displasia coxofemoral é característica de animais de médio e grande porte e é uma das principais demandas da ortopedia veterinária. Essa patologia se caracteriza pela degeneração da articulação localizada entre a cabeça do fêmur e a bacia. Com isso, os animais acometidos pelo problema têm dificuldade em se locomover, levantar e pular devido as dores excessivas.

Algumas outras doenças que também podem ser diagnosticadas e tratadas pela ortopedia veterinária são: Displasia de Cotovelo, Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur, Síndrome do Cão Nadador, Hérnia de Disco, entre outras.

Como o diagnóstico é feito?

Normalmente os tutores procuram pelo médico veterinário quando notam alguma alteração de comportamento em seus animais. Nesse sentido, os mais comuns são manqueira, dificuldade para se locomover ou levantar, falta de apetite e alterações comportamento usual.

É importante lembrar que em caso de fraturas o atendimento deve ser emergencial.

Nesses casos, cabe ao especialista solicitar alguns exames para identificar o problema e, dessa forma, aplicar o tratamento mais adequado.

O raio X é muito indicado para a primeira avaliação em casos de fraturas. Também é ideal para observar a indicação de cirurgia e na avaliação da recuperação após a intervenção.

Já o ultrassom veterinário fornece imagens multiplanares e em alta definição. Por tal razão, permite a visualização clara da ocorrência de fraturas, alterações nas articulações ou nervos. Além disso, se o equipamento tiver o modo doppler, é possível observar o fluxo sanguíneo e avaliar se há alguma alteração na região afetada, sobretudo inflamações nas articulações. Portanto, a ultrassonografia é uma ótima aliada na ortopedia em pequenos animais.

A ultrassonografia pode ser uma opção versátil para diagnóstico de grande parte das demandas da ortopedia veterinária. Isso pois seu custo-benefício em relação ao aparelho de raio x é bastante significativo. Dependendo das configurações de seu equipamento, ele avalia com qualidade e agilidade tecidos moles e duros, garantindo agilidade no diagnóstico, sem colocar em risco a vida do paciente.

Outros exames como biópsias, cultura de osso, exame de sangue, vídeo-artroscopia podem ser realizados para ter um diagnóstico mais exato.

Como tratar os pacientes?

A grande parte dos atendimentos em ortopedia em pequenos animais são tratados com cirurgias. As mais comuns são cirurgia de luxação de patela, de coluna, de amputação, cirurgia com placa e parafuso, com imobilização externa e de ruptura de ligamento cruzado.

Muitos problemas também são contidos com medicação ou com tratamentos alternativos tais como a fisioterapia para recuperar os movimentos de regiões debilitadas.

Uma dica importante na ortopedia em pequenos animais é sempre orientar os tutores sobre a importância da prevenção, sobretudo nas raças que têm predisposição genética para problemas ósseos. Além disso, cuidados como evitar que os animais escorreguem ou caiam e não deixá-los circulando livremente onde há intenso movimento de veículos são fundamentais para evitar fraturas.

O ultrassom veterinário é essencial na clínica de pequenos animais. Se você quer saber mais sobre as suas aplicações, não deixe de conferir o nosso ebook sobre o assunto: Guia Prático: Ultrassonografia Veterinária na Clínica de Pequenos Animais

Quer se aprimorar na área de diagnóstico por imagem em pequenos animais? Confira essa dica:

Fonte: Revista Veterinária

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