A hidrocefalia em cães é um tipo de patologia neurológica que ocorre com muita frequência em filhotes ou raças pequenas. Entretanto, este distúrbio pode ser também adquirido ao longo da vida devido a diversos fatores.
Inegavelmente, é uma doença complicada e por isso é preciso estar preparado para atender aos casos. E você conhece bem essa enfermidade? Sabia que a falta de conhecimento sobre essa patologia e de métodos modernos de diagnóstico podem levar a redução da qualidade de vida dos animais acometidos?
Pensando nisso, preparamos este artigo para você conhecer um pouco mais sobre essa doença e entender como realizar diagnósticos mais precisos e seguros com os exames por imagem. Leia até o final e veja também os principais sinais da hidrocefalia em cães e quais as raças mais predispostas.
O que é hidrocefalia em cães?
Primeiramente, a hidrocefalia em cães é uma doença do sistema nervoso caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no crânio. Então, devido a uma disfunção na eliminação, circulação ou absorção desse líquido, o acúmulo resulta na dilatação do sistema ventricular cerebral e na atrofia e destruição do tecido nervoso adjacente. A dilatação pode afetar apenas um ou os dois lados do cérebro.
Esse distúrbio pode ser congênito, quando o animal já nasce com ele. Esse se manifesta no primeiro ano de vida do animal e é a forma clínica mais comum da doença. Porém, a hidrocefalia também pode ser adquirida devido à traumas, quedas, pancadas na cabeça, tumores do sistema nervoso ou inflamações. Nesses casos ela pode se manifestar em qualquer fase da vida.
Por outro lado, as causas da hidrocefalia congênita são as mais diversas como: fatores genéticos, infecções intrauterinas ou perianais, anomalias do desenvolvimento ou hemorragia cerebral.
Apesar de existir tratamento, infelizmente não existe cura e a expectativa de vida é baixa, geralmente por volta de 4 meses. Assim, de acordo com estudiosos da área, a maioria dos casos resulta em eutanásia ou óbitos por manobras arriscadas de diagnóstico como a coleta de LCR.
Entretanto, a hidrocefalia pode ser monitorada por especialistas para diminuir a produção de líquido cefalorraquidiano e garantir uma melhor qualidade de vida ao animal.
Quais raças apresentam maior risco de apresentar hidrocefalia?
Quando adquirida ao longo da vida, a hidrocefalia pode acontecer em qualquer tipo de raça. Porém, quando congênita é mais comum nos animais de pequeno porte, sem predisposição de sexo, como:
- Boston Terrier;
- Bulldog inglês;
- Cairn Terrier;
- Chihuahua;
- Lhasa Apso;
- Lulu da Pomerânia;
- Pequinês;
- Poodle Toy;
- Pug;
- Maltês;
- Spitz Alemão;
- Yorkshire Terrier.
Quais são os principais sinais?
Os animais afetados costumam apresentar a seguintes características:
- Andar em círculos, desajeitado ou cambaleando;
- Cabeça inchada;
- Crânio deformado;
- Olhos bem saltados;
- Deficiência visual e auditiva;
- Estrabismo;
- Dificuldade ao treinamento;
- Choro constante;
- Tristeza;
- Convulsões.
Como diagnosticar?
O diagnóstico se dá por meio de observação dos sintomas, avaliação do histórico do paciente pela anamnese, exames físicos, clínicos, específicos neurológicos ou complementares laboratoriais. Além desses, o profissional pode utilizar exames de imagem como ultrassonografia, raio-x, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
Desse modo, a avaliação por meio de exames de imagem é fundamental para evidenciar a anatomia do crânio e comprovar qualquer tipo de anomalia. Portanto, quanto mais cedo o diagnóstico correto for feito, maiores serão as chances de sucesso no tratamento.
Outro método de diagnóstico que também pode ser utilizado é a coleta de LCR. Esta análise serve para diferenciar a hidrocefalia congênita da secundária (adquirida), no entanto, ela não é recomendada devido ao risco de hiernação secundária à pressão intracraniana.
Como visto, a falta de conhecimento sobre técnicas e métodos de diagnóstico modernos, ocasionam falhas de tratamento que podem comprometer a qualidade de vida dos cães. Por isso, é fundamental investir em atualizações constantes para garantir uma boa abordagem clínica em casos de hidrocefalia em cães.
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Fontes:Revista Veterinária Revista Cães e Gatos, Paulo César Gonçalves Perpétua, Doutor Pet,