Atualmente empregado em pacientes que necessitam de avaliação torácica, é principalmente recomendado para cães que sofrem de edema cardiogênico. Em alguns casos, a varredura ultrassonográfica pode, ainda, identificar alterações iniciais que não seriam identificadas pelo exame radiográfico torácico, agilizando o diagnóstico clínico e proporcionando um tratamento mais efetivo.
Tem interesse em conhecer mais sobre o protocolo Vet Blue na ultrassonografia veterinária? Continue a leitura deste artigo e se mantenha atualizado!
Como a ultrassonografia Vet Blue é realizada
O Vet Blue – ou no inglês Bedside Lung Ultrasound Examination – é uma técnica ultrassonográfica rápida para avaliação de tórax de pacientes com alterações respiratórias. Basicamente seu princípio consiste em avaliar a presença de linhas-A, linhas-B e o sinal de deslizamento entre as pleuras, que gera escores associados.
O transdutor utilizado na técnica deve ficar a uma profundidade de quatro a seis centímetros. A varredura durante o protocolo tem início no sítio caudodorsal, no terço superior do tórax entre oitavo e nono espaços intercostais (EI), passa para o sítio peri hilar, no terço central do tórax entre sexto e sétimo EI, em seguida para a região do lobo pulmonar médio, no terço inferior do tórax entre quarto e quinto EI 20 e finalmente para a região do lobo pulmonar cranial, a qual fica localizada entre o segundo e terceiro EI. Neste ponto é necessário tracionar o membro torácico cranialmente.
A ultrassonografia Vet Blue em cães tem ainda melhor resultado quando aliada a radiografia e às técnicas de emergência TFAST e AFAST. A primeira significa Protocolo de Estudo Ultrassonográfico Direcionado ao Trauma e consiste na varredura de cinco áreas diferentes do tórax em decúbito lateral ou esternal. Já a segunda é direcionada ao abdômen. A união dos exames Vet BLUE, AFAST e o TFAST é denominada de Global FAST.
Indicações do protocolo em cães
A ultrassonografia Vet Blue é recomendada para triagem, pois permite classificar as alterações entre respiratórias e não respiratórias, além de definir se são do trato respiratório superior ou inferior e também diferenciar entre respiratórias e cardíacas. No caso da alteração de origem não respiratória, é possível direcionar o exame.
Além disso, o protocolo é bastante indicado em casos de emergência para diagnóstico imediato de insuficiência respiratória aguda, tendo alto índice de precisão na identificação de pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, embolia pulmonar e pneumotórax.
Quando a ultrassonografia Vet Blue é executada pelo profissional capacitado, em dois minutos é possível detectar contusão pulmonar em pacientes traumatizados e diferenciar edema pulmonar cardiogênico de não-cardiogênico em pacientes que não sofreram trauma.
Principais cuidados durante a ultrassonografia Vet Blue
O exame ultrassonográfico do tórax avançou nas últimas décadas de forma consistente, principalmente por não apresentar risco ao paciente, não ser invasivo e entregar um resultado preciso. Além disso, outro ponto positivo da utilização da ultrassonografia é a portabilidade do equipamento.
Entretanto, a realização da ultrassonografia aliada ao protocolo Vet Blue exige alguns cuidados. É necessário que o médico veterinário tenha domínio da física e anatomia ultrassonográfica, saiba posicionar o cão da maneira correta e faça a tricotomia da região.
Ademais, o sucesso do procedimento está diretamente ligado à qualidade do aparelho utilizado. Hoje em dia é indispensável que um equipamento de ultrassonografia veterinária tenha uma plataforma avançada e alta qualidade de imagem em cores.
Está buscando por tecnologia e custo-benefício? Aumente agora o seu portfólio de atendimentos com o Ultrassom e2v cardio sonoscape + case de transporte e proteção!
Fontes: Shop Veterinário; F, G. P. C; Francisco Neto MJ, Rahal Junior A, Vieira FA, Silva PS, Funari MB; U, S.S; Conic – Semesp.
